Dono e funcionário são indiciados por morte de turista que colidiu contra pedras enquanto praticava 'rope jump' na Lagoa Azul, no Paraná

  • 19/12/2024
(Foto: Reprodução)
Investigações constataram três erros que levaram à morte de turista, que foi arremessada contra paredão de pedras após salto. Parque onde turista morreu após colidir contra pedras em salto de pêndulo estava interditado, diz prefeitura Reprodução/RPC O dono da empresa responsável pelo funcionamento de um "rope jump" e um funcionário dele foram indiciados pela morte de uma turista que colidiu contra pedras durante a prática do esporte no Parque Ecológico Lagoa Azul, em Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram O proprietário, Jheikson Moreira Raimundo, de 26 anos, e Joelson Meneguél Júnior, de 20 anos, foram indiciados pelo crime de homicídio culposo – considerado quando a morte é resultado de um comportamento imprudente, negligente ou imperito. Jheikson também deverá responder pelo crime de omitir informações relevantes para a segurança do consumidor. A vítima, Jussara Vitória Alves de Oliveira, de 24 anos, era natural de Santa Catarina e, no início de novembro, foi até o parque em uma excursão que saiu de Joinville. O g1 tenta contato com a empresa Ojheik Rolês, responsável pela operação do serviço. LEIA TAMBÉM: Decisão: Justiça proíbe BlaBlaCar de oferecer caronas no Paraná 'Explosão de sabor': Dono de bar aproveita viral de coxinha que explodiu para criar novo slogan Estradas: Idosa que dirigia BMW em acidente que matou adolescente estava bêbada, diz polícia Foram constatados três erros, diz perita No "rope jump", a pessoa salta de uma altura presa a uma corda e faz um movimento pendular. Antes do salto, ela deve ficar presa por uma corda de segurança, ligada à plataforma. Esta corda, que é mais curta, precisa ser solta na hora do salto, o que não aconteceu com a vítima. Segundo a polícia, depois de pular, a jovem fez um movimento pendular e bateu a cabeça contra o paredão de pedras. De acordo com Margarida Neves Souza, perita da Polícia Científica, as investigações constataram três erros: Primeiro, a corda da linha de vida estava muito comprida. Se estivesse no tamanho adequado, a jovem ficaria pendurada a poucos centímetros da plataforma e não seria arremessada contra o paredão. O segundo erro foi no nó da corda de vida, que não suportou a altura da queda e se desfez. Por fim o técnico responsável pelo manuseio dos equipamentos esqueceu de soltar a linha de vida. A investigação concluiu que a combinação desses três fatores resultou na morte de Jussara. "Através dos exames periciais, foi visto que foi uma sucessão de erros técnicos durante o preparo do salto da vítima", explica Margarida. Imagens feitas com o uso de drones ajudaram a polícia a analisar o local da morte. Assista ao vídeo abaixo: Imagens de drone auxiliam investigações sobre morte de turista na Lagoa Azul, no Paraná Parque estava interditado e atração não tinha alvará Quando Jussara morreu, o Parque Ecológico Lagoa Azul estava interditado e não possuia licenças de funcionamento, segundo a Prefeitura de Campo Magro. A prefeitura explicou que o local não tem licenças ambientais, alvará e licença do Corpo de Bombeiros. Em 2023, um homem de 21 anos ficou ferido enquanto praticava o esporte radical no mesmo local. Na época, ele caiu na água, de uma altura de aproximadamente 20 metros, após a corda do equipamento arrebentar. Turista morre após colidir contra pedras em bungee jump na Lagoa Azul Corpo de Bombeiros VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2024/12/19/indiciamento-morte-turista-lagoa-azul-pr.ghtml


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