Tornado que destruiu cidade do Paraná é reclassificado como F4; nível tem ventos de até 418 km/h

  • 26/11/2025
(Foto: Reprodução)
Presidente do Simepar fala sobre reclassificação de tornado para F4, no Paraná A intensidade do tornado que destruiu 90% de Rio Bonito do Iguaçu e do que atingiu Guarapuava, cidades da região central do Paraná, foi atualizada para F4. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (26) pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), que concluiu nesta semana o laudo técnico que detalha a trajetória e a classificação dos três tornados que atingiram 11 cidades do Paraná em 7 de novembro. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp O órgão manteve em F2 a categoria do tornado que atingiu Turvo, e anunciou que, ao todo, onze municípios foram atingidos pelos fenômenos: Rio Bonito do Iguaçu; Turvo; Guarapuava; Quedas do Iguaçu; Espigão Alto do Iguaçu; Nova Laranjeiras; Porto Barreiro; Laranjeiras do Sul; Virmond; Cantagalo; Candói. Tornado causa destruição em Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná Portal Boletim Inicialmente, o Simepar acreditava que em Rio Bonito do Iguaçu e em Guarapuava os ventos tinham chegado a 250 km/h (nível 2). Dias depois, novos dados subiram a velocidade do fenômeno em Rio Bonito do Iguaçu para 330 km/h (F3) - e, agora, nova análise estima que os ventos superaram essa marca na cidade. A escala Fujita, sistema usado para classificar os fenômenos, vai até o nível F5: tornados de categoria F0 têm severidade leve, com ventos de 65 km/h a 116 km/h; tornados de categoria F1 são de severidade moderada e tem velocidade do vento estimada entre 116 km/h e 180 km/h; tornados de categoria F2 têm severidade considerável e velocidade do vento estimada entre 180 km/h e 253 km/h; tornados de categoria F3 são considerados severos e com velocidade do vento estimada entre 253 km/h e 332 km/h; tornados de categoria F4 são considerados devastadores, com velocidade do vento estimada entre 332 km/h e 418 km/h; tornados de categoria F5 são descritos como “incrível”, com ventos entre 418 km/h e 511 km/h. Rastro de destruição Tornados no Paraná deixam rastro de destruição Rio Bonito do Iguaçu tem cerca de 14 mil habitantes. Segundo a Defesa Civil, quase 1,5 mil casas foram danificadas pelo tornado e, com isso, mais de 11 mil pessoas foram afetadas e cerca de 1,1 mil ficaram desabrigadas ou desalojadas. Devido às tempestades, seis pessoas morreram em Rio Bonito do Iguaçu, e uma sétima em Guarapuava. No total, segundo as autoridades, ao menos 835 pessoas ficaram feridas no estado e precisaram de atendimento médico. O desastre, que foi um dos mais devastadores da história do Paraná, também estimulou debates – tanto sobre as características do estado, que é segundo maior corredor de tornados do mundo, quanto sobre como a intervenção humana na natureza pode deixar a humanidade mais propícia a tragédias ambientais. Desde o tornado, uma verdadeira força-tarefa que une governo e voluntários tem reconstruído a cidade – que, agora, pouco a pouco, tenta voltar à normalidade. Tornado de Rio Bonito em imagens: 📷 VEJA FOTOS inéditas da cidade em reconstrução ➡️ Cidade amanheceu destruída após passagem de tornado ➡️ Imagens de satélite mostram o antes e o depois da cidade ➡️ Veja mais fotos do antes e depois da cidade Laudo técnico Trajetória dos tornados Simepar O documento tem mais de 130 páginas e descreve as análises feitas através da integração entre meteorologia operacional, geointeligência, sensoriamento remoto e análise geoespacial. O trabalho envolveu todos os setores do Simepar, com apoio do Corpo de Bombeiros, Instituto Água e Terra e Defesa Civil do Estado do Paraná, permitindo a compreensão do evento para oferecer subsídios valiosos para o planejamento territorial e a gestão de risco. Ele concluiu que este evento pode ser considerado um dos maiores desta categoria no Estado do Paraná nos últimos 30 anos, considerando os aspectos relacionados à quantidade de tornados no mesmo evento, pessoas atingidas e destruição em diversos níveis observada nas suas trajetórias. "A conclusão foi de que o ramo frio de um ciclone extratropical formado sobre o Sul do Brasil favoreceu o desenvolvimento de nuvens de tempestade de forte intensidade sobre o Paraná em 7 de novembro. Algumas dessas nuvens, imersas em um ambiente de elevada instabilidade termodinâmica, intensificaram-se ainda mais, evoluindo para a categoria de supercélulas, com características de rotação em torno de seu eixo vertical. O cisalhamento vertical intenso do vento e o transporte de ar quente e úmido foram cruciais para a evolução das tempestades", explica o órgão. Duas dessas supercélulas foram responsáveis pela ocorrência de três tornados em municípios das regiões Sudoeste e Centro-Sul do Paraná. A categorização dos tornados seguiu a metodologia preconizada pela Escala Fujita, criada para mensurar a intensidade do fenômeno com base nos danos observados e nas velocidades estimadas do vento. As evidências dos danos foram obtidas por meio de registros fotográficos realizados pelo meteorologista Reinaldo Kneib por sobrevoo de helicóptero sobre a área entre Espigão Alto do Iguaçu, Rio Bonito do Iguaçu e Virmond e no distrito de Entre Rios, município de Guarapuava, nos dois dias seguintes à ocorrência. Ele também fez registros fotográficos em superfície na área urbana de Rio Bonito do Iguaçu, e a equipe também analisou imagens, vídeos e depoimentos disponibilizados por terceiros. Classificação Área de passagem do tornado 1 Simepar A primeira supercélula gerou o Tornado 1, que passou por Quedas do Iguaçu em categoria F1, por Espigão Alto do Iguaçu em categoria F1, por Nova Laranjeiras em categoria F1, por Rio Bonito do Iguaçu em categoria F4, por Porto Barreiro em categoria F3, por Laranjeiras do Sul em categoria F3, por Virmond em categoria F2, e por Cantagalo em categoria F1. Esta mesma supercélula também gerou o Tornado 2, que passou por Candói em categoria F2 e pelo Distrito de Entre Rios, em Guarapuava, em categoria F4. A supercélula percorreu aproximadamente 270 km de distância, com velocidade média de deslocamento de cerca de 80 km/h. Uma segunda supercélula percorreu aproximadamente 230 km de distância, com velocidade média de deslocamento de cerca de 85 km/h, e gerou o Tornado 3, que passou sobre Turvo em categoria F2. Trajetória dos tornados Severidade dos danos do tornado em Rio Bonito do Iguaçu Simepar O Tornado 1 percorreu aproximadamente 75 km, com uma área de impacto estimada em 12.426 hectares. Sua largura variou de 750 metros em Quedas do Iguaçu para 3.250 metros na região de maior intensidade, em Rio Bonito do Iguaçu. Em média, a largura foi de 1.850 metros, refletindo o poder destrutivo do tornado, especialmente nas áreas mais afetadas. A intensidade F4 do Tornado 1 ocorreu na área urbana de Rio Bonito do Iguaçu, causando destruição massiva nas edificações, arremesso de veículos, tombamento de caminhão e estragos associados à velocidade de vento compatíveis com a categoria. No Tornado 2, em Guarapuava, os danos também foram condizentes com a categoria F4, como intensa e vasta destruição na vegetação em vários pontos, colapso total de algumas casas de alvenaria e até mesmo o arremesso de um container a cerca de 150 metros. O Tornado 2 percorreu cerca de 44 km, com uma área de impacto estimada em 2.301 hectares. Apresentou larguras mais homogêneas, variando entre 500 metros e 1.160 metros. Já o Tornado 3 teve o percurso mais curto, com 12 km de extensão e uma área de impacto de 570 hectares. Sua largura variou entre 400 metros e 675 metros, com uma média estimada de 525 metros. Vídeos mais assistidos do g1 Paraná: Leia mais notícias no g1 Paraná

FONTE: https://g1.globo.com/pr/campos-gerais-sul/noticia/2025/11/26/tornado-parana-reclassificado-f4.ghtml


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