Liminar da Justiça do Trabalho determina que transporte público de Maringá volte a operar com pelo menos 50% da frota durante greve
10/07/2025
(Foto: Reprodução) Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-PR) também estipulou multa de R$ 50 mil por dia caso o sindicato da categoria descumpra a determinação. Mais de 90 linhas estão sem rodar desde a madrugada. Linhas do transporte público de Maringá estão paralisadas desde a madrugada desta quinta-feira (9).
Prefeitura de Maringá
Uma decisão liminar do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-PR), na tarde desta quinta-feira (10) determinou que pelo menos 50% da frota do transporte público de Maringá, no norte do Paraná, volte a operar nos horários de normais. Em horários de pico, a determinação é de que a operação seja com no mínimo 70% das linhas.
A decisão é da desembargadora Rosemarie Diedrichs Pimpão e tem efeito imediato. Ela também estipulou uma multa de R$ 50 mil por dia caso o Sindicato dos Trabalhadores em Veículos Rodoviários de Maringá (Sinttromar) descumpra a determinação.
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A greve dos motoristas e cobradores começou na madrugada desta quinta-feira e, desde então, 100% das linhas estão paralisadas.
Segundo o TRT, as empresas Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) e Cidade Verde e o sindicato da categoria foram convocados para uma audiência de negociação do dissídio coletivo, às 16h desta sexta-feira (11).
Ao g1, o sindicato informou que ainda não foi notificado da decisão.
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Audiência
Terminal Intermodal ficou vazio na manhã desta quinta-feira (10).
Reprodução/RPC Maringá
Em uma reunião realizada na tarde desta quinta-feira, trabalhadores do transporte público de Maringá, decidiram continuar com a greve que inclui 100% dos itinerários das empresas. Isso porque não houve acordo entre o sindicato e representantes das empresas e prefeitura. A reunião foi mediada pelo TRT.
A greve foi deflagrada depois que 317 trabalhadores votaram a favor da paralisação, e 102 contra. Da TCCC são 65 linhas e da Cidade Verde, 26 que contemplam municípios vizinhos: Sarandi, Paiçandu, Floresta, Ivatuba, Doutor Camargo e Itambé.
Segundo o Sinttromar, a categoria solicita a inclusão de plano de saúde "adequado às necessidades da categoria" e "mudanças nas escalas de serviço que hoje são consideradas exaustivas", que diz respeito a diminuição do intervalo intrajornada - período de descanso concedido ao trabalhador durante a sua jornada de trabalho.
Segundo as empresas, durante a reunião desta quinta-feira foram apresentadas propostas ao sindicato, mas elas não foram aceitas. Por isso, o caso foi submetido à apreciação da Justiça do Trabalho.
"A greve, nas condições levadas pelo sindicato, se materializa apenas como ação contrária à continuidade do serviço público e aos interesses de milhares de usuários do transporte público essencial à sociedade maringaense", disse a empresa em nota.
Em nota, o sindicato informou que a categoria decidiu pela continuação da greve, pois "não houve nenhum avanço ou apresentação de contraproposta por parte da empresa". O sindicato disse que a decisão foi tomada por unanimidade.
Transporte público de Maringá está em greve
O que a prefeitura diz
Em coletiva de imprensa, o prefeito Silvio Barros (PP), disse que o proposito é atender o pleito da classe, na medida do possível, sem prejuízo para população maringaense.
"Nós não podemos fazer tudo que eles querem, no momento em que eles querem, embora a nossa intenção seja essa. Também deixei claro que não vamos tomar decisões na base da pressão, que envolvem todo o interesse da comunidade", disse o prefeito.
Impactos
Entre os impactos causados por esta mudança, está o cancelamento de refeições do Restaurante Universitário (RU) da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no almoço e no jantar desta quinta-feira. Pelas redes sociais, a instituição disse que a paralisação afetou "grande parte dos servidores" e que, por isso, não será possível servir.
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