Guarda municipal é afastado a pedido do MP no Paraná sob acusação de apologia ao nazismo nas redes sociais

  • 19/06/2025
(Foto: Reprodução)
Caso aconteceu em Telêmaco Borba. Gabriel Henrique Urbano se tornou réu na Justiça pelo crime de incitar a discriminação de raça. Defesa dele diz que denúncia do MP foi baseada em 'fake news'. Guarda é afastado por apologia ao nazismo em Telêmaco Borba Um guarda municipal de Telêmaco Borba, nos Campos Gerais do Paraná, foi afastado do cargo e se tornou réu na Justiça após o Ministério Público (MP-PR) denunciá-lo por apologia ao nazismo nas redes sociais. O g1 apurou que o guarda é Gabriel Henrique Urbano, servidor concursado da prefeitura municipal desde dezembro de 2023. A defesa dele nega que Gabriel tenha feito publicações de cunho nazista e diz que o MP formalizo denúncia contra ele baseado em "fake news". Leia a manifestação abaixo. ✅ Siga o g1 PR no Instagram ✅ Siga o canal do g1 Ponta Grossa no WhatsApp Na denúncia contra Gabriel, o MP dz que ele postou uma foto uniformizado, ao lado de colegas da corporação, com a legenda "Arbeit macht frei" ("O trabalho liberta", em alemão), frase que ficava em pórticos de campos de concentração, como o de Auschwitz, na Polônia. Segundo a promotora Thaisy Prado Marra, o guarda é acusado de realizar, no mínimo, três postagens com referência aos regimes totalitários. Até a publicação desta reportagem, o MP não havia divulgado as imagens das postagens feitas por Gabriel. A decisão pelo afastamento foi oficializada na noite de terça-feira (17) pela juíza Patricia Aleixo Chigueira Nilo, de Telêmaco Borba. No documento, ela determina o afastamento imediato do agente público das funções, com entrega da arma e demais equipamentos funcionais, pelo prazo de três meses – que poderá ser renovado. "Na decisão, o Poder Judiciário destacou que a prática de atos discriminatórios no exercício do cargo demonstra incompatibilidade com os deveres funcionais, especialmente em razão da gravidade das mensagens veiculadas", explica a promotora Thaisy. Em nota, a Prefeitura de Telêmaco Borba disse que ainda não foi notificada sobre a decisão. Leia também: 'Rir para não chorar': Jovem que capotou carro e fez pose para foto ao lado do veículo diz que usou do bom humor para lidar com prejuízo Mulher mantida em cárcere fingiu desmaio para pedir socorro em hospital: 'Se ele desconfiasse que eu estava pedindo ajuda, ia me matar' 'Aropoti', 'Tomzina': Placas com erros em nomes de cidades são instaladas por concessionária em rodovia do Paraná Denúncia foi feita pelo Ministério Público do Paraná RPC Crime A denúncia do MP aponta que Gabriel Henrique Urbano fez postagens com referências ao nazismo em uma rede social. De acordo com o órgão, o guarda municipal citou frases de Adolf Hitler e Benito Mussolini, ditadores nazista e fascista que atuaram na Europa na primeira metade do século 20. Na decisão judicial que determina o afastamento do cargo e o torna réu, a juíza Patricia Aleixo Chigueira Nilo ressalta que o servidor fez referências explícitas a ideologias dos dois regimes, aproveitando-se, inclusive, de frases utilizadas como instrumento de propaganda e manipulação psicológica. "As publicações foram realizadas pelo denunciado no exercício de sua função como guarda municipal, inclusive em uma fotografia em que aparece fardado, armado e acompanhado de outros guardas, vinculando a imagem da Guarda Municipal de Telêmaco Borba a ideologias discriminatórias", destaca a juíza. Na mesma decisão, a juíza levou em consideração o cargo público de Gabriel Henrique Urbano. "O denunciado, como guarda municipal, exerce função pública que envolve autoridade, porte de arma e responsabilidade pela segurança pública. A prática de atos discriminatórios no exercício do cargo demonstra incompatibilidade com os deveres funcionais, especialmente em razão da gravidade das mensagens veiculadas", cita a magistrada. Gabriel responderá por incitar a discriminação de raça, crime previsto na Lei nº 7.716/1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. Segundo o MP, a pena prevista para o crime vai de dois a cinco anos de prisão, e pode ser aumentada em até metade quando cometida por funcionário público – como é o caso do denunciado. Além da condenação às penas previstas na legislação, o órgão também requer que, ao final do processo, seja decretada a perda do cargo pelo réu. Defesa nega crime Os advogados de Gabriel dizem que a denúncia do MP foi baseada em prints com imagens "manipuladas e adulteradas" e acusam o órgão de não ter verificado a veracidade das capturas de tela. "O Sr. Gabriel não fez nenhuma publicação com apologia ao nazismo. As imagens utilizadas na denúncia foram editadas e o Ministério Público não diligenciou e nãose preocupou em verificar sua confiabilidade. Infelizmente negligenciou a busca da verdade. Pelo contrário, ao denunciar o Sr. Gabriel, o Ministério Público difundiu, propagou e veiculou fake news, levando a erro o Poder Judiciário [...] Conclusões precipitadas geram injustiças e efeitos irreversíveis na vida do acusado injustamente". Vídeos mais assistidos do g1 PR: U Leia mais notícias da região em g1 Campos Gerais e Sul

FONTE: https://g1.globo.com/pr/campos-gerais-sul/noticia/2025/06/19/guarda-municipal-posta-foto-uniformizado-com-referencia-a-campos-de-concentracao-nazistas-e-e-afastado-do-cargo-a-pedido-no-mp-no-parana.ghtml


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